Alternativas ao esfoliantes com partículas de plástico
A Ana Araújo pediu e aqui estão as minhas sugestões. Para quem não sabe, os esfoliantes físicos com partículas de plástico foram banidos nos EUA por se ter provado que afectam a vida marinha (a degradação das partículas de plástico é tão lenta que acabavam por interferir nos ecossistemas marinhos). Assim, e como há quem esteja preocupado com esse aspecto dos produtos, vim sugerir alternativas a esses esfoliantes, de forma a que contribuam para a protecção dos ecossistemas no nosso planeta.
Para começar esta conversa sobre esfoliantes, há que referir que a ideia principal porr detrás do uso de um esfoliante é a remoção da camada de células mortas que existe à superfície da pele. Idealmente estas células sairiam por si próprias, mas devido a uma série de factores acabam por não conseguir e a pele acaba com um aspecto rugoso, com maior dificuldade na absorção de produtos e com maior propensão a acne. Portanto, sim, é importante esfoliar a pele, não só para maximizar a eficácia dos restantes produtos que utilizam, mas também para prevenir imensos problemas.
Dito isto, existem três tipos de esfoliantes: físicos, químicos e enzimáticos.
- esfoliantes físicos actuam através da abrasão das células de forma mecânica, ou seja, usam partículas mais duras para remover as células mortas à face da pele. Este tipo de esfoliação tem a desvanatagem óbvia de poder provocar micro lesões, especialmente quando se utilizam partículas de forma irregular como caroços de fruta, casca de frutos secos e outros semelhantes. Foi nesse sentido que foram desenvolvidas as partículas de plástico, uma vez que apresentavam dimensões semelhantes entre si e uma forma regular, mas dado o risco para a vida marinha acabaram também por ser excluídas legalmente das fórmulas. Uma alternativa melhor dentro deste tipo de esfoliação passa pelas escovas de limpeza. Pessoalmente não sou fã das escovas mecânicas, uma vez que a abrasão que provocam é demasiado intensa e pode levar a outros problemas, mas as escovas manuais de cerdas suaves são uma boa hipótese (e dentro destas sugiro-vos a Beauty Tool da Youth Lab, com um PVP de 8€)
- esfoliantes enzimáticos são por vezes considerados uma sub-classe dos esfoliantes químicos, mas contêm enzimas de fruta, nomeadamente a papaína e bromeleína (da papaia e ananás, respectivamente). Estas enzimas decompõem as substâncias que mantêm as células superficiais agregadas, sendo assim mais fácil as células separarem-se e ocorrer a esfoliação. Estes são geralmente os esfoliantes mais caros e menos comuns, mas a DVINE lançou um este ano que contém papaína e que vos sugiro aqui, o Grape Skin and Pips Facial Scrub (o produto deveria funcionar como esfoliante físico e enzimático, mas como não faço os movimentos circulares utilizo-o apenas como enzimático) - não vos consigo confirmar o preço neste momento, mas penso que é cerca de 40€.
- esfoliantes químicos funcionam através de um método semelhante aos enzimáticos, mas recorrendo a ácidos em baixas concentrações (soa assustador, mas é tudo muito seguro e é o método que mais utilizo). O mais comum é o ácido glicólico, mas podem ser usados vários outros AHA ou ácido salicílico. As três opções que vos apresento são de ácido glicólico. Começo pelo Pixi Glow Tonic que é o que tenho usado mais frequentemente. Contém 5% de ácido glicólico, ginseng e aloé vera, custa cerca de 20€ mas só se consegue comprar em sites internacionais (o meu veio da Cult Beauty na Box #2 da Caroline Hirons). Depois, um mais simples de arranjar é o Doux Exfoliant da Clarins, facilmente encontrado em perfumarias por cerca de 25€. Infelizmente a Clarins tem uma política de não divulgar a percentagem de ácido glicólico, pelo que não vos consigo dizer a concentração. Por fim, a nível de farmácia encontramos a Keracnyl Lotion Purifyant da Ducray, cuja concentração de ácido glicólico também não é indicada, mas tem um preço bem mais simpático, cerca de 9,50€ e podem encomendá-lo directamente da Skin.